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sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Muito mais do que conscientização ambiental, uma forma de humanização

"O texto asseguir é um relatório referente a suplementação de nota para a disciplina de Direito Ambiental. Tal relato refere-se, ainda, ao primeiro trabalho de campo da turma de direito do 7 período. Durante aproximadamente 2 horas, percorremos todo o caminho de trem, do centro à última estação em cabedelo, percebendo as irregularidades estruturais e ambientais aos arredores do trilho. Além de muito calor e pouca velocidade da máquina oxidada, a aventura contou com muito barulho, graças a quase 70 alunos enclausurados em um único vagão. Devastador! Ou viajavamos a luz do dia e suportavamos o calor, ou nos aventuraríamos a noite e seríamos abraçados pela escuridão extrema dos vagões sem iluminação... é, nem todos são tão corajosos!"


Numa tarde de quinta-feira, ainda com um sol escaldante, às 13 horas; fui levado a conhecer, não muito fora do meu envolto, uma nova sociedade. Nada escondida e de certa forma chamativa, onde se conglomeravam homens, mulheres, crianças, ratos, baratas e muito esgoto e lixo.

Donde outrora se pode aparentar uma adaptação humana aos empecilhos da vida e a uma sociedade capitalista nada igualitária vi a depreciação e ausência de recursos básicos. São casas construídas a beira do rio Jaguaribe, casebres mal feitos, estruturalmente impossibilitados de oferecer conforto, ou sequer resguardar uma família da chuva, ou ao menos da invasão da água poluída deste rio.

Ao longo dos trilhos perfazia-se miséria e ficava-se, claríssimo, o quanto desprovido de ajuda era o ambiente. Esgotos a céu aberto, lixo biodegradável, lixo inorgânico, uma combinação mal-cheirosa que, dentre outras ligações químicas, é responsável ainda pela liberação de gases como metano, dióxido de carbono, sulfídrico, amônia e outros ácidos orgânicos voláteis, os quais, quando em contato com o sistema respiratório de seres humanos, podem causar lesões irreversíveis e levar à morte. São estes os gases, também, que aquecem dia após dia o planeta e o envolvem em uma estufa onde cada grau acrescido prejudica todo ecossistema. Um outro problema é a contaminação dos recursos hídricos e do solo devido à migração de chorume, um espécie de líquido que é conseqüência da putrefação e da mistura com lixo tóxico, o antigo Aterro Sanitário do Município pessoense, por exemplo, que perdurou por pouco mais de 50 anos conglomerando todo tipo de lixo, hoje é um terreno gigantesco e praticamente desértico, efeitos da degradação do chorume no solo. Ademais do fato poluidor visual e do ar, vem logo em questão a ploriferação de vetores causadores de inúmeras doenças; desde verminoses mais simples até leptospirose. Ou seja, uma cadeia de irregularidades de turbam a sobrevivência (digo assim por que ali as pessoas sobrevivem) de qualquer pessoa.

Ainda no percurso, fazem-se notáveis irregularidades como um grande depósito de “borra de petróleo”, ou para melhor entendimento, uma grande montanha negra, o Pet-coque. É simplesmente o subproduto do refinamento do petróleo, altamente solidificado, este material de carbono é utilizado para asfaltar as ruas e também, como é altamente energético, costuma ser usado para fabricação de cimento e cal que requerem temperaturas altas, o que é facilmente conseguido queimando o coque e produzindo dióxido de enxofre. O grande depósito de Pet-coque aqui no município, além de se encontrar próximo a áreas de preservação, moram ali por perto, pessoas que, com certeza, sofrem de problemas respiratórios advindos deste acúmulo inapropriado.

A cada quilômetro avançado mais uma atrocidade vista. Lagoas poluídas pela população que as utilizam de depósito de lixo e excremento, águas impróprias para consumo e banho sendo utilizadas normalmente pelo povoado e quando pensa-se que tais fatos incomuns, de puro empobrecimento ambiental, ocorreriam somente nas classes mais baixas, enganamo-nos! Estarrecidamente o residencial Alamoana, uma construção enobrecida, causou devastações na área da mata local irreparáveis. De embargo à embargo o residencial foi feito e onde deveriam estar alguns resquícios de restinga alta, estão postes e muros altíssimos.

Enquanto homens e onde houver sociedade a natureza estará predestinada ao decréscimo, mesmo que nos conscientizemos de maneira sustentável as devastações do passado não serão desfeitas em alguns meses. Plantar ainda é a melhor saída, manter o resto de floresta intacto também. Sabemos que quanto mais mexemos mais estamos condenados a sermos contra-atacados com tsunamis, efeito estufa, raios UV em grau máximo, chuvas ácidas, degelo das calotas, furacões etc.


Se alguém quiser me ajudar... aceito críticas! rsrs

é... Mais uma aventura de logo logo um bacharel.



By' O


2 comentários:

N disse...

Aqui em joão pessoa nunca teve aterro "O". O lixo era exposto a céu aberto e como você disse o chorume a muito veio e ainda vem a poluir o Rio Sanhauá, pois a única obra feita naquele ambiente foi a prensagem do lixo e seu encobrimento, e ainda disseram que lá iria ser implementar uma praça. Porem a providencias foram tão precarias que nem se pode entra lá sem autorização. Quero ver o phoda que vai conseguir esta tal autorização. Pois tenho muita certeza que os lençois-freático ainda continua e continuaram a ser poluidos.

B. disse...

A realidade é triste. E o pior é que que as pessoas já estão tão acostumadas a verem tamanha poluição que nem se espantão mais.