I'VE SURVIVED

Este post não passa de um depoimento de alguém que...

sobreviveu é claro.

Comecemos a epopéia do começo...

Tem um dia da semana em que todos os emos se reúnem num shopping, depois migram, em pequenos grupos para não levantar suspeitas, até uma igreja de onde vão para um bar dançante que tem perto.

De posse desta informação e já a um certo tempo imaginando o que tinha de tão interessante nesses encontros emos, decidi arriscar a minha vida e averiguar de perto.

O primeiro passo:

Tentar encontrar alguém pra ir comigo... Pego o celular e ligo pra B.

(

I) - Ei, bora pro cinema hj de tarde? – (mentira isso era só pra convencer a ir comigo... até mesmo porque não tinha nenhum filme bom passando)

(B) – Bora, mas eu tenho treino, tem que ser cedo.

(I) – Ok, voh ligar pra O pra ver se vai querer ir junto.

(B) – ok tcha bjus.

(I) – Bjus

Lingando pra O…

Tu_tu_tu_tu_tu_tu_tu

Ok... sem companhia, decidi ir sozinho mesmo.

Segundo passo:

Ir para o referido shopping, ok mas eu vou ficar fazendo o que no shopping, sentado com cara de tacho? Não, os emos podiam suspeitar que estavam sendo observados... pensei um pouco, peguei lápis e papel e fiquei sentado desenhando, e olhando em volta pra ver se via alguém conhecido, eis que em cinco minutos aparecem dois velhos amigos. Me junto ao grupo como quem não quer nada, pedimos uma torre de chopp, e ficamos conversando por um bom tempo, até que, para a minha surpresa, ou não até mesmo porque eles não são emos... eles não vão para a tal igreja, vão comprar flores brancas para fazer algum tipo de ritual wicca ou coisa do gênero e, embora talvez fosse interessante ver como essa situação se desenrolaria... este não era o meu objetivo, até mesmo porque pelo tipo de emos que circulavam pelo shopping, o tal bar devia ser muito mais estranho do que duas pessoas tomando banhos de rosas para invocar os Deuses.

Bom, pensando em uma boa desculpa para não ir com eles eu me dirigi ao caixa, pagamos a torre e eis que a desculpa pula em meus braços gritando meu nome, era uma outra amiga, esta com grandes chances de ir para o referido bar, pois tem muitos amigos emos.

Juntei-me ao grupo dela como quem não quer nada, tinha inclusive um boy que jah beijei... XD... enfim, pedimos uma nova torre de chopp, quando eu já estava começando a ficar tonto, eis que para a minha surpresa, eles também não vão para o bar. Pensei: é agora ou nunca, mesmo que eu tenha que ir sozinho eu vou nesse bar. Fingi que estava atendendo o celular.

(I) – Oi! – Pausa – Festa?! Onde??? – Pausa – Tua casa?! Mas onde tu mora??? – Pausa longa. – No centro!!!?? Toh perto, explica direito onde é. – Pausa longa. – Ouxe, tô bem pertinho, chego ai em 5 minutos!!!

Me despeço das pessoas com quem estava e caminho rumo ao mundo emo... Passando com medo pelas ruas escuras do centro, vendo um assaltante escondido em cada esquina... sentindo que seria desovado em algum lugar perto do rio... mas chego em segurança. Se é que estar naquele local pode ser chamado estar em segurança... as pessoas mais estranhas que já vi, de todos os tipos que se possa imaginar, mas o mais engraçado é que a maioria não parecia emo.

Passo no meio da aglomeração me sentindo observado, vou até a entrada do bar, R$2,00 para entrar, ok tudo pela ciência. O local parece uma casa abandonada, tem corredores escuros, e pessoas encostadas nas paredes, no final um bar com um gremillin vendendo cerveja cara.

Depois de pagar o absurdo de R$3,00 por uma latinha de BRAHMA, entro no dance que mais parece um dark room, o/a/não era possível saber DJ, era bem diferente do que se está acostumado, tinha um som bem pesado e as pessoas dançavam engraçado. Termino a cerveja e decido sair pra tomar um ar.

Ao chegar lá fora encontro um rosto familiar, falo com ela e me junto ao grupo, adivinha, como quem não quer nada.

Daí pra frente as coisas são um pouco mais confusas, lembro de ter comprado mais uma cerveja, de ter usado a latinha pra usar ló-ló e de tudo parecer mais normal depois disso, inclusive o fato de que a mulher do bar era um gremilin e de que no dance tinham muitos gremilins, lembro que o cara do bar reclamou por causa do ló-ló e que algum tempo depois fomos embora... ah! Lembro também de que a menina conhecida estava com uma outra mto bonita, e de que tinha um casal de meninos com 14 anos andando perto da gente, ou talvez fosse um casal de anões, acho que nunca vou ter certeza...

By I