Quando não mais se encontrares entre nós e teu corpo pequenino não saltitar atrás de abraços e beijos, somente restará a eu segurar as lágrimas impiedosas que vêm cruzar meu rosto e salgar meus lábios como num atentado kamikaze, desesperadas pelo fim do percurso, sem demais dúvidas, de onde vêm? Para onde ir?
Quando do teu terno e quente abraço só restar os braços gélidos e encolhidos em uma estrutura amadeirada singela e nada acolhedora, somente sobrará para eu pôr minhas mãos nas tuas e aceitar que ambas, agora, sejam esquisitas e não mais se mereçam, ou se desejem; como num infeliz término que perdura a mente dos enamorados por muito tempo.
Quando o sorriso espontâneo, animador das mais distintas platéias, for turbado pelo mais abrupto e irreversível mal, em mim, ficará apagada a parte de sorrisos que eram só teus. Sorrisos que eram como os mais belos verões, àqueles em que o extremo calor é brindado com a chuva fina em fim de tarde. Os meus para os seus.
Quando dos afagos restarem carência, da luta se fizer o luto, do calor a inexistência, das gargalhadas casuísticas o silêncio infindável, do coração palpitante um músculo paralisado, dos sentimentos guardados um acúmulo de dor, do amor ... que nunca vai ser desamor, talvez desespero; quando o amor de uma parte some e o da outra quer continuar... Eu amo e tenho certeza que esse sentimento é intransferível, imutável, inabalável e inexigível.
Teu amor ficará guardado em mim, quando da tua morte, e, esta será a única lembrança que irei querer, nada de fotos, filmes, diplomas, roupas, legados, não! Ficarás no lado esquerdo do meu peito, serás minha vida até que dela não reste mais nada... E, na parte que outrora era iluminada por sorrisos aquecidos teus, se fará escuridão.
By: 'O ... extremamente reflexivo, é a carência!
rsrs...
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